Você vai caminhando pela rua e de repente você ver alguem caido no chão. Você se aproxima e percebe qua a pessoa esta sem consciência. Possível parada cardíaca. O que fazer? O que não fazer?
Saiba agora como você deve se coporta diante dessa cituação e o que fazer para ajudar essa pessoa.
Toda vez que encontrarmos um paciente caído no chão, desfalecido, aparentemente
morto ou em qualquer outra condição que sugira gravidade, em primeiro lugar, não
se apavore! Mantenha a calma e lembre-se dos ABCD. Vamos revisar passo a passo
essas etapas:
Primeiro Contato
Sempre suponha que a vítima está em parada cardiorrespiratória. Avalie o estado
de inconsciência: o paciente está realmente inconsciente? Será que ele tomou um
calmante e agora está apenas num sono profundo? Será que ele está simulando (“piti”)?
Embriagado?
Chame e sacuda (suavemente) o paciente. Cuidado com possíveis lesões
traumáticas em região cervical! Se não houver resposta:
1 Chame por ajuda (caso esteja sozinho).
2 Peça um desfibrilador (automático ou manual).
3 Coloque o paciente em uma superfície firme e estável (por exemplo, não se deve realizar uma massagem cardíaca num colchão macio). Se for preciso mobilizá-lo, atente para a possibilidade de lesão cervical (o paciente pode ter tomado um “caixote” na praia e estar com traumatismo raquimedular, ou pode ter caído de uma escada ou alguma outra situação).
4 Inicie o ABCD primário.
2 Peça um desfibrilador (automático ou manual).
3 Coloque o paciente em uma superfície firme e estável (por exemplo, não se deve realizar uma massagem cardíaca num colchão macio). Se for preciso mobilizá-lo, atente para a possibilidade de lesão cervical (o paciente pode ter tomado um “caixote” na praia e estar com traumatismo raquimedular, ou pode ter caído de uma escada ou alguma outra situação).
4 Inicie o ABCD primário.
ABCD Primário
A irway (abertura das vias aéreas).
B reathing (duas ventilações de resgate).
C irculation (checar o pulso).
D efi brilation (colocar as pás do desfibrilador e verificar se o ritmo é de choque).
B reathing (duas ventilações de resgate).
C irculation (checar o pulso).
D efi brilation (colocar as pás do desfibrilador e verificar se o ritmo é de choque).
A Primário
Se o paciente não responde
→ abra via áerea
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Desobstrua as vias aéreas (pode ser uma criança que engoliu uma bolinha, um
idoso que engoliu sua prótese dentária etc.).
Tem respiração espontânea? Talvez haja queda da língua, obstruindo a passagem
aérea.
As duas técnicas básicas para desobstrução das vias aéreas são: a “manobra de
inclinação da cabeça-elevação do queixo” e a “manobra de tração da mandíbula”:
1. Inclinação da cabeça-elevação do queixo. Essa manobra desloca a base da
língua da região inferior da garganta. Com a palma da mão na testa do paciente,
inicie delicadamente a inclinação da cabeça, e com dois dedos no queixo,
eleve-o, deslocando a cabeça para trás.
2. Manobra de tração da mandíbula. Muito útil nos casos em que suspeitamos de
lesão de coluna cervical. Nessa manobra, de-vemos nos colocar atrás da cabeça do
paciente e, com as mãos nos lados do seu rosto, agarramos sua mandíbula com as
pontas dos dedos e a tracionamos para cima.
Após desobstrução das vias aéreas, veja, sinta e
ouça a respiração. Aproxime
seu ouvido da boca do paciente, olhando para o tórax. Dessa forma você será
capaz de VER os movimentos ventilatórios e OUVIR e SENTIR a respiração do
paciente.
B Primário
Se o paciente não respira
→ ventile
|
Promova duas ventilações de resgate (lentas) com AMBU (airway manual breathing
unit) acoplado à máscara. Mantenha a abertura das vias aéreas.
Aplique corretamente a máscara (atente para a vedação da máscara no rosto do
paciente; caso contrário, pode ocorrer escapamento de ar durante as ventilações
e, dessa forma, não se produzirem ventilações efetivas).
O fluxo de ar lento e suave evita ultrapassar a pressão que mantém
o esfíncter gastroesofágico fechado, prevenindo, assim, o refluxo.
Nesse momento, pode ser aplicada a manobra de Sellik (compressão da cartilagem
cricóide no sentido ventrodorsal com o objetivo de colabar o esôfago e prevenir
refluxo).
Observe se há expansão do tórax bilateralmente.
Mantenha a abertura das vias aéreas para garantir um livre fluxo de ar (podemos
colocar uma cânula de Guedel). A cânula também pode ser usada para evitar que o
paciente morda e corte o tubo.
O AMBU deve estar conectado a uma fonte externa de O2 com
15L/min e ter nele fixada uma bolsa de ar. O AMBU sozinho é capaz de ofertar até
21% de O2 em ar ambiente; se estiver acoplado a uma fonte externa de O2, até
60%; e se, além disso, estiver conectado à bolsa de ar, pode oferecer até 100%
de O2.
No B primário só vamos precisar do AMBU para aplicar as duas ventilações de
resgate ou nos casos em que não houver desfribilador disponível para fazer a
reanimação cardiopulmonar.
|
Se o paciente não tiver pulso
→ inicie compressões torácicas.
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C Primário
Cheque o pulso (carotídeo) durante 5 a 10 segundos, porque ele pode estar lento
ou de difícil palpação, fino, irregular ou rápido.
Se não há pulso, você está diante de uma parada cardíaca con-firmada. O próximo
passo é identificar o ritmo com as pás do desfribilador (D primário). Se o
paciente estiver em parada cardíaca há mais de 5 minutos, ou você não sabe há
quanto tempo ele está assim, inicie imediatamente cinco ciclos de 30 massagens, alternadas com duas
ventilações. Em seguida, verifique o ritmo cardíaco. No caso de FV/TV sem pulso,
aplique um choque de 360J. Nas PCR por FV/TV, com menos de 5 min, pode-se
desfibrilar o paciente imediatamente.
Entretanto, em algumas situações não dispomos de um desfribilador (p. ex.,
atendimento na rua ou em casa). Nesses casos, é mandatório o início das
compressões torácicas e da ventilação artificial, com AMBU, ou qualquer outro
método disponível.
Lembre-se que, após 5 minutos sem circulação sanguínea
e sem oxigenação, as chances de reanimação são quase nulas.
|
As compressões devem respeitar o intervalo para ventilação na proporção de 30:2,
ou seja, a cada trinta compressões torácicas, realizam-se duas ventilações (no
paciente que não está intubado). Se o paciente estiver intubado, não se deve
interromper as compressões torácicas para ventilar o paciente.
O atendimento pode ser feito por uma equipe ou por um único socorrista. Continue
a massagem e a ventilação até a chegada do desfibrilador (por isso, antes de
mais nada, devemos mandar alguém buscar o desfribilador). Lembre-se de que a chegada do desfibrilador para verificação
do ritmo cardíaco deve ser a mais rápida possível. Se o ritmo for de choque,
apenas o desfibrilador salvará o paciente.
Se o desfibrilador já estiver disponível desde o início:
• PCR > 5min = cinco ciclos de RCP e depois verifique
o ritmo.
• PCR < 5mim = verifique o ritmo. |
D Primário
Com a chegada do desfibrilador, aplique gel rapidamente nas pás e coloque-as
sobre o peito nu do paciente . Procure por fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular .
Choque único de 360J para desfibrilador monofásico; se for bifásico, 200J:
• Em caso de um desses ritmos, prepare-se para desfibrilar.
• Certifique-se de que você não está em contato com o paciente ou a maca.
• Certifique-se de que os demais a sua volta também não estão em contato e avise: “Todos afastados? Eu estou aplicando o choque!”
• Aplique cerca de 11kg de pressão com as pás sobre o peito do paciente.
• Aplique o choque (360J) olhando para o paciente, para ter certeza de que nenhum desavisado encoste acidentalmente no paciente ou na maca.
• Certifique-se de que você não está em contato com o paciente ou a maca.
• Certifique-se de que os demais a sua volta também não estão em contato e avise: “Todos afastados? Eu estou aplicando o choque!”
• Aplique cerca de 11kg de pressão com as pás sobre o peito do paciente.
• Aplique o choque (360J) olhando para o paciente, para ter certeza de que nenhum desavisado encoste acidentalmente no paciente ou na maca.
Obs:
A aplicação de desfribilação cardiaca e de medicações so deve ser realizada por
profissionais que estejam preparado como medicos, enfermeiros, etc. Se você é
um leigo procure sempre a ajuda de socorro medico.
Fonte:
1
Consenso Nacional de Ressuscitação Cardiorrespiratória.
2
Bibliomed: Sala de Emergência - Protocolos de Atendimento de Emergências -
Capítulo 02 - ABCD primário e secundário - Páginas: 05 - 28 - 2007 - MedBook.
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