Saúde um Direito de Todos

A saúde "é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante a políticas saciais e econômica que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário à ações e serviços para sua promoção, proteção e recumperação." conforme esta garantido e definido no Cap. II Dos Direitos Sociais, Art. 6º e Cap. II Da Seguridade Social, Seção II Da Saúde, Art. 196 da Constituição da República Federativa do Brasil.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Dicas de Primeiro Socorros: A PCR

A Parada Cardiorespiratória (PCR) é a interrupção súbita da atividade mecânica ventricular, útil e suficiente, e da respiração, caracterizada pela perda de movimentos respiratórios, ausência de batimentos cardiácos e perda da conciência e que se não tratada de forma rapida e segura pode causar sequelas graves e até mesmo a morte em pouco tempo.

Você vai caminhando pela rua e de repente você ver alguem caido no chão. Você se aproxima e percebe qua a pessoa esta sem consciência. Possível parada cardíaca. O que fazer? O que não fazer?
 Saiba agora como você deve se coporta diante dessa cituação e o que fazer para ajudar essa pessoa.

Toda vez que encontrarmos um paciente caído no chão, desfalecido, aparentemente morto ou em qualquer outra condição que sugira gravidade, em primeiro lugar, não se apavore! Mantenha a calma e lembre-se dos ABCD. Vamos revisar passo a passo essas etapas:

Primeiro Contato

Sempre suponha que a vítima está em parada cardiorrespiratória. Avalie o estado de inconsciência: o paciente está realmente inconsciente? Será que ele tomou um calmante e agora está apenas num sono profundo? Será que ele está simulando (“piti”)? Embriagado?
Chame e sacuda (suavemente) o paciente. Cuidado com possíveis lesões traumáticas em região cervical! Se não houver resposta: 

1 Chame por ajuda (caso esteja sozinho).
2 Peça um desfibrilador (automático ou manual).
3 Coloque o paciente em uma superfície firme e estável (por exemplo, não se deve realizar uma massagem cardíaca num colchão macio). Se for preciso mobilizá-lo, atente para a possibilidade de lesão cervical (o paciente pode ter tomado um “caixote” na praia e estar com traumatismo raquimedular, ou pode ter caído de uma escada ou alguma outra situação).
4 Inicie o ABCD primário.

 ABCD Primário
A irway (abertura das vias aéreas).
B reathing (duas ventilações de resgate).
C irculation (checar o pulso).
D efi brilation (colocar as pás do desfibrilador e verificar se o ritmo é de choque). 


A Primário
Se o paciente não responde abra via áerea

Desobstrua as vias aéreas (pode ser uma criança que engoliu uma bolinha, um idoso que engoliu sua prótese dentária etc.).
Tem respiração espontânea? Talvez haja queda da língua, obstruindo a passagem aérea.
As duas técnicas básicas para desobstrução das vias aéreas são: a “manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo” e a “manobra de tração da mandíbula”:

1. Inclinação da cabeça-elevação do queixo. Essa manobra desloca a base da língua da região inferior da garganta. Com a palma da mão na testa do paciente, inicie delicadamente a inclinação da cabeça, e com dois dedos no queixo, eleve-o, deslocando a cabeça para trás. 


2. Manobra de tração da mandíbula. Muito útil nos casos em que suspeitamos de lesão de coluna cervical. Nessa manobra, de-vemos nos colocar atrás da cabeça do paciente e, com as mãos nos lados do seu rosto, agarramos sua mandíbula com as pontas dos dedos e a tracionamos para cima. 


Após desobstrução das vias aéreas, veja, sinta e ouça a respiração. Aproxime seu ouvido da boca do paciente, olhando para o tórax. Dessa forma você será capaz de VER os movimentos ventilatórios e OUVIR e SENTIR a respiração do paciente. 



B Primário
Se o paciente não respira ventile

Promova duas ventilações de resgate (lentas) com AMBU (airway manual breathing unit) acoplado à máscara. Mantenha a abertura das vias aéreas.
Aplique corretamente a máscara (atente para a vedação da máscara no rosto do paciente; caso contrário, pode ocorrer escapamento de ar durante as ventilações e, dessa forma, não se produzirem ventilações efetivas).
O fluxo de ar lento e suave evita ultrapassar a pressão que mantém o esfíncter gastroesofágico fechado, prevenindo, assim, o refluxo.
Nesse momento, pode ser aplicada a manobra de Sellik (compressão da cartilagem cricóide no sentido ventrodorsal com o objetivo de colabar o esôfago e prevenir refluxo). 


Observe se há expansão do tórax bilateralmente.
Mantenha a abertura das vias aéreas para garantir um livre fluxo de ar (podemos colocar uma cânula de Guedel). A cânula também pode ser usada para evitar que o paciente morda e corte o tubo. 


O AMBU deve estar conectado a uma fonte externa de O2 com 15L/min e ter nele fixada uma bolsa de ar. O AMBU sozinho é capaz de ofertar até 21% de O2 em ar ambiente; se estiver acoplado a uma fonte externa de O2, até 60%; e se, além disso, estiver conectado à bolsa de ar, pode oferecer até 100% de O2.

No B primário só vamos precisar do AMBU para aplicar as duas ventilações de resgate ou nos casos em que não houver desfribilador disponível para fazer a reanimação cardiopulmonar.
Se o paciente não tiver pulso inicie compressões torácicas.

C Primário

Cheque o pulso (carotídeo) durante 5 a 10 segundos, porque ele pode estar lento ou de difícil palpação, fino, irregular ou rápido.
Se não há pulso, você está diante de uma parada cardíaca con-firmada. O próximo passo é identificar o ritmo com as pás do desfribilador (D primário). Se o paciente estiver em parada cardíaca há mais de 5 minutos, ou você não sabe há quanto tempo ele está assim, inicie imediatamente cinco ciclos de 30 massagens, alternadas com duas ventilações. Em seguida, verifique o ritmo cardíaco. No caso de FV/TV sem pulso, aplique um choque de 360J. Nas PCR por FV/TV, com menos de 5 min, pode-se desfibrilar o paciente imediatamente.
Entretanto, em algumas situações não dispomos de um desfribilador (p. ex., atendimento na rua ou em casa). Nesses casos, é mandatório o início das compressões torácicas e da ventilação artificial, com AMBU, ou qualquer outro método disponível.
Lembre-se que, após 5 minutos sem circulação sanguínea e sem oxigenação, as chances de reanimação são quase nulas.
As compressões devem respeitar o intervalo para ventilação na proporção de 30:2, ou seja, a cada trinta compressões torácicas, realizam-se duas ventilações (no paciente que não está intubado). Se o paciente estiver intubado, não se deve interromper as compressões torácicas para ventilar o paciente.

O atendimento pode ser feito por uma equipe ou por um único socorrista. Continue a massagem e a ventilação até a chegada do desfibrilador (por isso, antes de mais nada, devemos mandar alguém buscar o desfribilador). Lembre-se de que a chegada do desfibrilador para verificação do ritmo cardíaco deve ser a mais rápida possível. Se o ritmo for de choque, apenas o desfibrilador salvará o paciente.
Se o desfibrilador já estiver disponível desde o início:
• PCR > 5min = cinco ciclos de RCP e depois verifique o ritmo.
• PCR < 5mim = verifique o ritmo.
D Primário
Com a chegada do desfibrilador, aplique gel rapidamente nas pás e coloque-as sobre o peito nu do paciente . Procure por fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular .
Choque único de 360J para desfibrilador monofásico; se for bifásico, 200J:
• Em caso de um desses ritmos, prepare-se para desfibrilar.
• Certifique-se de que você não está em contato com o paciente ou a maca.
• Certifique-se de que os demais a sua volta também não estão em contato e avise: “Todos afastados? Eu estou aplicando o choque!”
• Aplique cerca de 11kg de pressão com as pás sobre o peito do paciente.
• Aplique o choque (360J) olhando para o paciente, para ter certeza de que nenhum desavisado encoste acidentalmente no paciente ou na maca.


Obs: A aplicação de desfribilação cardiaca e de medicações so deve ser realizada por profissionais que estejam preparado como medicos, enfermeiros, etc. Se você é um leigo procure sempre a ajuda de socorro medico.

Fonte: 
1 Consenso Nacional de Ressuscitação Cardiorrespiratória.
2 Bibliomed: Sala de Emergência - Protocolos de Atendimento de Emergências - Capítulo 02 - ABCD primário e secundário - Páginas: 05 - 28 - 2007 - MedBook.


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