Saúde um Direito de Todos

A saúde "é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante a políticas saciais e econômica que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário à ações e serviços para sua promoção, proteção e recumperação." conforme esta garantido e definido no Cap. II Dos Direitos Sociais, Art. 6º e Cap. II Da Seguridade Social, Seção II Da Saúde, Art. 196 da Constituição da República Federativa do Brasil.

domingo, 10 de abril de 2011

Saúde Pública: Dengue

O verão chegou e com ele vêm também às chuvas de verão e você precisa tomar cuidado para não deixar nenhum recipiente com agua parada. E foi pensando em você que o blog Grupo Hda Saúde preparou uma abordagem completa sobres os principais cuidados e as formas de prevenção para evitar que o mosquito da dengue, o Aedes Aegypti se espalhe.

Histórico

Cientistas acreditam que a dengue é conhecida no Brasil desde os tempos de colônia. O mosquito Aedes aegypti tem origem africana e que ele chegou ao Brasil junto com os navios negreiros, depois de uma longa viagem de seus ovos dentro dos depósitos de água das embarcações. O primeiro caso da doença foi registrado em 1685, em Recife (PE). Até 1953, o dengue era considerado uma virose benigna, sem letalidade, até haver um surto de dengue hemorrágico nas Filipinas. Em 1692, o dengue provocou 02 mil mortes em Salvador (BA), reaparecendo em novo surto em 1792.
Em 1846, o mosquito Aedes aegypti tornou-se conhecido quando uma epidemia de dengue atingiu o Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Entre 1851 e 1853 e em 1916, São Paulo foi atingida por epidemias da doença. Em 1923, Niterói, no estado do Rio, lutou contra uma epidemia em sua região oceânica. Em 1903, Oswaldo Cruz, então Diretor Geral da Saúde Pública, implantou um programa de combate ao mosquito que alcançou seu auge em 1909. Em 1957, anunciou-se que a doença estava erradicada no Brasil, embora os casos continuassem ocorrendo até 1982, quando houve uma epidemia em Roraima.
Em 1986, foram registradas epidemias nos estados do Rio de Janeiro, de Alagoas e do Ceará. Nos anos seguintes, outros estados brasileiros foram afetados. No Rio de Janeiro (Região Sudeste) ocorreram duas grandes epidemias. A primeira, em 1986-87, com cerca de 90 mil casos; e a segunda, em 1990-91, com aproximadamente 100 mil casos confirmados. A partir de 1995, o dengue passou a ser registrado em todas as regiões do país. Em 1998 ocorreram 570.148 casos de dengue no Brasil; em 1999 foram registrados 204.210 e, em 2000, até a primeira semana de março, 6.104.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença afeta entre 50 milhões e 100 milhões de pessoas por ano no mundo. No Brasil, em 2009 o Ministério da Saúde recebeu 323 mil notificações de casos de dengue. Em 2010, os casos triplicaram: foram quase 1 milhão  de infecções, com 572 mortes. Este é o maior índice já registrado no país.
Atualmente, a dengue na forma hemorrágica está entre as dez principais causas de hospitalização e morte de crianças em países da Ásia tropical. Nas Américas, a primeira epidemia de dengue hemorrágico que se tem notícia ocorreu em Cuba, em 1981.

Conceito

O dengue é uma das principais doenças causadas por vírus que acometem as áreas urbanas, transmitida ao homem pela picada de fêmeas de mosquitos, principalmente o Aedes aegypti, um mosquito que vive em regiões peridomiciliares em agua limpa e picam preferencialmente durante o dia. O dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus (existem quatro tipos diferentes de vírus do dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4), que ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos.

Sinais e Sintomas

A manifestação clinica do dengue clássico se inicia de forma aguda e bem definida podendo aparecer:
- Febre alta
- Cefaleia
- Artralgia
- Mialgia
- Dor dentro ou atrás dos olhos
- Náuseas
- Vômitos
- Diarreia

Na hemorrágica que é a forma mais grave da doença podem surge:

- Náuseas
- Vômitos
- Lipotina
- Hepatomegalia dolorosa
- Mudança brusca de temperatura com sudorese profunda
- Fezes escuras
- Alterações da consciência
- Hemorragias (nos olhos, boca, ouvidos e nariz).
- Purpuras (manchas avermelhadas pelo corpo)

Diagnostico

O diagnostico baseia-se na epidemiologia e no laboratório. São fundamentais os dados de anamnese e exame físico. É importante analisar a história de viagem para lugares com dengue endêmico, bem como o tempo entre o aparecimento dos sintomas e o retorno da viagem, a incubação da dengue varia de 3 a 15 dias.

Tratamento

 Assegurar a hidratação, aliviar os sintomas como, dor, febre e vômitos. Tranquilizar o paciente, vigiar e prevenir as eventuais complicações e trata-las precocemente.
Hidratação - Estimular o paciente a manter-se hidratado via oral, se indispensável usar a via endovenosa.
Antipiréticos e analgésicos evitar o uso de aspirina e fármacos anti-inflamatórios não esteroides, protegendo assim a função plaquetária.
Vigiar a insuficiência circulatória através de: pressão sanguínea, hematócrito, contagem de plaquetas e nível de consciência.
Repouso, alimentação e tranquilização.

Prevenção

A melhor forma de prevenir a doença ainda é o controle sanitário através de ações de combate ao vetor da doença – o mosquito  Aedes aegypti - começado pela procura sistemática dos focos do mosquito e gerir campanhas imediatas e intensivas, procurando combater e destruir os focos localizados. Cientistas do instituto de Pesquisa René Rachou, da Fiocruz de Minas Gerais em parceria com uma equipe especializada da Austrália, divulgaram uma importante novidade para o combatem a doença: descobriram um microrganismo que funciona como uma vacina para o mosquito, impedindo que o vírus da dengue se desenvolva no organismo humano. Eles conseguiram injetar uma bactéria Wolbachia em ovos do mosquito e verificaram que o vírus tipo 2da dengue, o DENV-2 não se multiplicavam. “Apenas a presença da bactéria já aumenta a expressão de alguns genes de imunidade no inseto”, diz o pesquisador Luciano Moreira, da Fiocruz Minas, principal autor do trabalho. Essa descoberta com certeza irá ajudar no combate contra a doença.

Segue algumas dicas para a população em geral:

A única maneira de evitar a dengue é não deixar o mosquito nascer. Então você precisara acabar com os criadouros (lugares de nascimento e desenvolvimento dele). Não deixe a água, mesmo limpa, ficar parada em qualquer tipo de recipiente como:

Ø  Garrafas
Ø  Pneus
Ø  Pratos de vasos de plantas e xaxim
Ø  Bacias
Ø  Copinhos descartáveis

Não se esqueçam de Tapar:

Ø  Caixas d'água
Ø  Poços
Ø  Cisternas
  Ø Outros depósitos de água. 

Outras recomendações: 

  1. Lave bem os pratos de plantas e xaxins, passando um pano ou uma bucha para eliminar completamente os ovos dos mosquitos.Uma boa solução é trocar a água por areia molhada nos pratinhos.
  2. Limpe as calhas e as lajes das casas.
  3. Lave bebedouros de aves e animais com uma escova ou bucha; e troque a água pelo menos uma vez por semana.
  4. Guarde as garrafas vazias de cabeça para baixo. Jogue no lixo copos descartáveis, tampinhas de garrafas, latas e tudo o que acumula água. Mas atenção: o lixo deve ficar o tempo todo fechado.Furar as folhas das bromélias para não acumular água.
  5. Mantenha os ralos fechados.

Os repelentes que contém DEET (dietil-meta-toluamida) não são indicados para menores de 02 meses, crianças com mais idade devem DEET em concentrações inferiores a 30 %. Os produtos que contém DEET podem ter concentrações de até 100 %. (Ver o rótulo antes de usar) inferiores a 30 %. Os produtos que contém DEET podem ter concentrações de até 100 %. (Ver o rótulo antes de usar)
Outros repelentes eficazes podem conter: Permefrina (KBR3023) e não se recomenta para usar diretamente na pele (só em objetos - roupas, mosquiteiros, sapatos, etc.), o óleo de eucalipto não é recomentado para menores e 03 anos. A duração do DEET é proporcional à sua concentração. Os repelentes eletrônicos não são indicados para repelir o Aedes bem como o complexo B.

É isso ai pessoal. Vamos acabar com a dengue.

Fontes:
1.     Bblibliomed.
3.     Blackbook Clinica Medica,1ª Ed, pgs – 634 a 635.  
      Fundação de Pesquisa Osvaldo Cruz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Leia as postagem, mande pra nos sua opinião, sua critica ou sua sugestão.