Descoberta Cientifica: Cientistas avaliam a redução de 1,0 mmol / L do LDL acarreta uma redução de um quinto na taxa anual dos grandes eventos vasculares utilizando estatinas

A redução do LDL com regimes padrão de estatinas reduz o risco de eventos vasculares oclusivos em uma ampla gama de indivíduos. Uma revisão sistemática realizada pelo UK Medical Research Council avaliou a segurança e eficácia da redução mais intensa do colesterol em LDL com estatinas. Foram incluídos cinco ensaios comparando esquemas mais intensivos de estatina versus esquemas menos intensivos (39.612 indivíduos) e 21 ensaios comparando as estatinas ao controle (129.526 indivíduos). Nos ensaios clínicos comparando a terapia com estatina com maior intensidade versus menor intensidade, a média de redução no colesterol LDL em 1 ano foi de 0,51 mmol / L com o esquema mais intensivo. Comparados com esquemas menos intensos, os regimes mais intensivos produziram redução nos principais eventos vasculares em 15% (IC 95% 11 a 18, p <0,0001). Em todos os ensaios, a mortalidade foi reduzida em 10% à cada redução de 1,0 mmol / L do LDL (RR 0,90, IC 95% 0,87 a 0,93, p <0,0001), refletindo uma significativa redução do número de mortes devido à doenças cardíacas coronarianas (RR 0,80, IC 99% 0,74 a 0,87, p <0,0001) e outras causas cardíacas (RR 0,89, IC 99% 0,81 a 0,98, p = 0,002), sem efeito significativo sobre as mortes por AVC (RR 0,96, IC 95% 0,84 a 1,09, p = 0,5) ou outras causas vasculares (RR 0,98 IC 99% 0,81 a 1,18, p = 0,8). Não foram observados efeitos significativos sobre as mortes devido a câncer ou outras causas não vasculares (RR 0,97, IC 95% 0,92 a 1,03, p = 0,3) e na incidência de câncer (RR 1,00, IC 95% 0,96 a 1,04, p = 0,9), mesmo em concentrações baixas de colesterol LDL. Concluiu-se que reduções no LDL reduzem a incidência de ataques cardíacos, de revascularização e de acidente vascular cerebral isquêmico, com cada 1,0 mmol / L de redução no LDL acarretando uma redução de um quinto na taxa anual dos grandes eventos vasculares.

Fonte: The Lancet, Volume 376, Issue 9753, 2010, Pages 1670-1681